Após a Greve nas Montadoras, EUA Se Preparam para Possível Maior Paralisação da Saúde de Sua História
Potencialmente a Maior Greve de Saúde nos EUA
Mais de 75.000 funcionários da área de saúde que atuam em centenas de instalações da Kaiser Permanente nos estados da Califórnia, Colorado, Oregon, Washington, Virgínia e Washington DC planejam entrar em greve de 4 a 7 de outubro, a menos que um acordo trabalhista seja alcançado até às 23h59 deste sábado (30).
A Kaiser Permanente no Centro da Controvérsia
A Kaiser Permanente, um dos maiores provedores de saúde sem fins lucrativos dos Estados Unidos, com 12,7 milhões de membros e uma rede de 39 hospitais e 622 consultórios médicos, encontra-se no epicentro dessas negociações. Esta greve em potencial representa uma das maiores greves de saúde já vista nos EUA, de acordo com dados do Departamento de Estatísticas, e marca o primeiro esforço de greve nacional na Kaiser Permanente, segundo John August, diretor de relações trabalhistas na área de saúde em Cornell e ex-diretor executivo da Coalizão de Sindicatos Kaiser Permanente.
Impactos na Assistência Médica
A greve planejada pode ter sérias implicações para os pacientes, incluindo a possibilidade de atrasos e cancelamentos de consultas e procedimentos médicos, além de impactar a capacidade do sistema de saúde de lidar com as demandas médicas em um momento já desafiador devido à greve nas montadoras.
Demandas dos Funcionários Sindicalizados
O sindicato Service Employees International Union-United Healthcare Workers West (SEIU-UHW), que representa a maioria dos trabalhadores sindicalizados envolvidos na greve, está buscando aumentos salariais abrangentes, proteções contra terceirização, melhorias nos benefícios médicos para aposentados e mais notificação quando os funcionários que trabalham remotamente são chamados a retornar ao escritório, entre outras demandas.
Possíveis Impactos Econômicos
Caso a greve de curto prazo não resulte em um acordo, o SEIU-UHW planeja uma greve mais longa e vigorosa em novembro, o que poderia causar impactos econômicos mais amplos nos Estados Unidos e prejudicar ainda mais a capacidade dos pacientes de acessar os cuidados médicos de que necessitam.
Um Ano de Greves Sindicais
Esta greve em potencial faz parte de uma tendência de greves organizadas por sindicatos nos Estados Unidos neste ano, com quase 300 greves registradas até o momento, abrangendo setores que vão desde a indústria automobilística até a indústria do entretenimento e outros.
Ondas de Greves em Diversos Setores
O ano de 2023 tem sido marcado por uma série de greves sindicais em vários setores. O sindicato United Auto Workers (UAW) encontra-se atualmente em greve contra as três maiores montadoras automobilísticas dos Estados Unidos: Ford, General Motors e Stellantis, uma situação inédita em que o sindicato atinge todas as grandes montadoras simultaneamente.
Além disso, Hollywood também não escapou das ondas de greves, com paralisações na indústria do entretenimento que afetaram a produção cinematográfica e televisiva nos últimos meses. Embora o Writers’ Guild of America tenha anunciado o fim de sua greve recentemente, uma greve de atores ainda está em andamento.
Em Los Angeles, outros sindicatos, incluindo trabalhadores municipais e do setor hoteleiro, também organizaram greves temporárias, contribuindo para um clima de tensão e mobilização sindical que está sendo observado em todo o país.
À medida que as greves sindicais continuam a se desenrolar em diversos setores da economia dos Estados Unidos, a atenção permanece focada na Kaiser Permanente e na iminente greve de seus funcionários da área de saúde, que poderia ter ramificações significativas para o sistema de saúde e a economia do país. A situação continua a evoluir, e a resolução ou a extensão das greves terá impactos profundos nas vidas dos trabalhadores e na estabilidade econômica do país.
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