Greve no Metrô: Sindicato convoca greve pela quarta vez no ano e enfrenta disputa política com Tarcísio.
Greve no Metrô: Sindicato convoca greve pela quarta vez no ano e enfrenta disputa política com Tarcísio.
Funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) estão planejando uma greve conjunta para terça-feira, 3 de outubro. As categorias estão protestando contra o plano de privatização das linhas metroferroviárias e da estatal de saneamento, que são uma das principais promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O governo classifica essa mobilização como “política”, enquanto os sindicatos afirmam que seu objetivo é ampliar a participação da sociedade e evitar a deterioração dos serviços.
A Justiça já determinou que o Metrô e a CPTM operem com 100% de capacidade durante os horários de pico. O sindicato dos metroviários planeja recorrer dessa decisão, argumentando que ela viola o direito constitucional à greve.
Quanto às linhas de metrô e CPTM que podem ser afetadas pela greve:
- As linhas do Metrô 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata devem parar, de acordo com o sindicato.
- As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô, operadas pela iniciativa privada, não serão afetadas.
- O sindicato prevê a paralisação de todas as linhas da CPTM de gestão pública, ou seja, as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade.
- As linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda continuarão operando na terça-feira, pois são administradas pela iniciativa privada.
No caso da Sabesp, os trabalhadores afirmam que não haverá interrupção no abastecimento de água.
Os sindicatos alegam que a privatização das linhas de transporte e da rede de água e esgoto resultará na piora da qualidade dos serviços, especialmente com base no aumento das falhas nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM no início deste ano. Isso levou a investigações do Ministério Público e desafios para o governo paulista.
O governo planeja enviar um projeto de lei para a privatização da Sabesp à Assembleia Legislativa em outubro, com a expectativa de realizar a venda no primeiro semestre de 2024.
A Justiça do Trabalho concedeu liminares determinando a operação de 100% dos serviços no horário de pico e de 80% nos demais horários para o Metrô e a CPTM, com multas em caso de descumprimento. A Sabesp também foi afetada pela determinação da Justiça.
Especialistas em Direito do Trabalho argumentam que a greve, que não está diretamente relacionada às condições de trabalho, pode ser vista como abusiva. Eles afirmam que a greve deve se concentrar em questões trabalhistas, como melhores condições de trabalho ou reajuste salarial, em vez de questões políticas, como a privatização.
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