Com uma aceleração oficial da inflação para 0,84% no mês de fevereiro, foi alavancada pela alta das mensalidades escolares, e um grupo de alimentos e bebidas, com alta de 0,16%, alguns itens bem importante pesaram no bolso dos brasileiros.
Veja a alta em fevereiro dos alimento:
- Cenoura 19,52%
- Mamão: 12,25%
- Manga: 10,46%
- Alface: 8,36%
- Leite longa vida: 4,62%
- Maça: 3,72%
- Ovo: 2,25%
- Arroz: 1,91%
Mas temos um recuo nos preços das carnes -1,22%, batata inglesa -11,57% e do tomate -9,81%
Veja maiores altas entre outros itens:
- Ensino médio: 10,28%
- Ensino fundamental: 10,06%
- Pré-escola: 9,58%
- Perfume 7,50%
- Creche: 7,20%
- Curso de idioma: 6,02%
- Transporte por aplicativo: 5,57%
- Ensino superior: 5,22%
- Produto para pele: 4,54%
- Gasolina: 1,16%
A alta dos preços dos alimentos é influenciada por diversos fatores, entre eles a sazonalidade, a oferta e a demanda, além de questões climáticas e econômicas. No caso da cenoura, por exemplo, a safra do produto é mais intensa no inverno, o que pode ter contribuído para o aumento do preço em fevereiro.
Outro fator que pode ter influenciado a inflação dos alimentos é o aumento dos preços dos insumos utilizados na produção, como sementes, fertilizantes e combustível. Além disso, a pandemia de Covid-19 também pode ter afetado a cadeia produtiva dos alimentos, com impactos desde a produção até a distribuição.
É importante ressaltar que a inflação dos alimentos afeta principalmente as camadas mais pobres da população, que destinam uma parcela maior de sua renda para a compra de alimentos básicos. Nesse sentido, é fundamental que o governo adote medidas para garantir o acesso da população aos alimentos, como programas de distribuição de cestas básicas e incentivos à agricultura familiar.
Apesar dos desafios apresentados pela inflação dos alimentos, é possível adotar estratégias para minimizar o impacto em nosso orçamento. Uma delas é optar por alimentos da época, que costumam ter preços mais baixos. Outra opção é substituir alimentos mais caros por opções mais acessíveis, como trocar a carne por ovos ou legumes, por exemplo.
Em resumo, a inflação dos alimentos é um problema que afeta diretamente o bolso dos brasileiros, especialmente os mais pobres. É importante que o governo adote medidas para garantir o acesso da população aos alimentos e que a sociedade como um todo adote estratégias para minimizar o impacto em seu orçamento.
Como se calcula o IPCA?
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o indicador oficial de inflação no Brasil, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ele tem como objetivo medir a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com renda de 1 a 40 salários mínimos.
O cálculo do IPCA é realizado mensalmente e leva em consideração a variação de preços de cerca de 400 itens, agrupados em nove grupos de despesa, que correspondem às categorias de produtos e serviços mais relevantes para as famílias brasileiras. São eles: Alimentação e Bebidas, Habitação, Artigos de Residência, Vestuário, Transportes, Saúde e Cuidados Pessoais, Despesas Pessoais, Educação e Comunicação.
Para calcular o IPCA, são realizados dois tipos de levantamentos de preços: o primeiro é realizado em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, como supermercados, padarias, farmácias, entre outros; o segundo é feito por meio da coleta de preços pela internet.
Os preços são coletados durante todo o mês, com exceção da última semana, quando são coletados apenas os preços de alguns produtos que não são encontrados regularmente. Os preços coletados são comparados com os preços do mês anterior e é calculada a variação percentual entre eles.
Os preços dos produtos e serviços coletados são ponderados de acordo com a sua importância no orçamento das famílias brasileiras. Assim, produtos e serviços que têm um peso maior no orçamento das famílias têm uma participação maior no cálculo do IPCA.
Após a coleta de preços e a ponderação dos produtos e serviços, é calculada a variação percentual média dos preços em relação ao mês anterior. Essa variação é multiplicada pelo peso de cada produto e serviço e, em seguida, somada para se obter o IPCA do mês.
O IPCA é utilizado como referência pelo Banco Central do Brasil para o controle da inflação e para a definição da meta de inflação anual. Além disso, ele é utilizado para a correção de valores de contratos e para o reajuste de salários e benefícios.
Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/03/10/inflacao-de-fevereiro-cenoura-salta-19-e-mamao-sobe-12-veja-o-que-pesou.htm?cmpid=copiaecola
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