Bancos suspendem consignado INSS
Bancos suspendem consignado INSS
A redução do teto dos juros de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas está gerando descontentamento entre as instituições financeiras. Na última sexta-feira (17), tanto o Banco do Brasil quanto a Caixa Econômica Federal suspenderam a oferta desse tipo de crédito para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A decisão do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) de reduzir o teto dos juros no crédito consignado para aposentados e pensionistas está gerando impacto no setor financeiro. Alguns bancos privados já haviam interrompido a concessão de empréstimos, e agora a Caixa e o Banco do Brasil também suspenderam a oferta desse tipo de crédito.
Segundo a Caixa, a suspensão ocorreu porque o novo teto de juros é mais baixo do que o cobrado pelo banco. A instituição está realizando estudos técnicos para adaptar as concessões às novas normas. Já o Banco do Brasil informou que está fazendo análises sobre as novas condições do crédito consignado e que informará sobre a retomada das contratações assim que tiver novidades.
Além da redução do teto dos juros no crédito consignado, a taxa para o cartão de crédito consignado também foi reduzida pelo CNPS. As novas normas estão sendo acompanhadas de perto pelo setor financeiro e devem ter impacto significativo no mercado de crédito para aposentados e pensionistas.
Reação do Governo e Centrais Sindicais
A suspensão da oferta de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS tem gerado reações. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, usou suas redes sociais para defender que o governo utilize os bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, para manter a oferta de crédito consignado com as novas taxas em vigência.
Em uma postagem no Twitter, Lupi compartilhou uma nota de repúdio assinada por centrais sindicais, que afirma que a suspensão prejudica principalmente os aposentados e pensionistas que necessitam de crédito para complementar a renda e não têm acesso a outros tipos de linhas.
O ministro também publicou um link para um relatório do Banco Central, que mostra que os juros do consignado para o INSS variaram de 1,31% a 2,17% ao mês na semana entre 27 de fevereiro e 3 de março.
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Quebra de braço
Na quinta-feira (16), a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) emitiu uma nota alertando que a redução do teto de juros comprometeria a oferta de crédito consignado e de cartão de crédito consignado para beneficiários do INSS. A entidade afirmou que a iniciativa poderia gerar distorções nos preços dos serviços financeiros, fazendo com que os bancos aumentassem os juros de outras linhas de crédito para compensar o teto menor no consignado para o INSS.
No entanto, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, rebateu as críticas da Febraban, defendendo que o governo utilize os bancos públicos para manter a oferta de crédito consignado do INSS. Ele postou uma nota de repúdio assinada por centrais sindicais que ressalta que a suspensão prejudica principalmente os aposentados e pensionistas que necessitam de crédito para complementar a renda e atualmente não têm acesso a outros tipos de linhas.
Lupi também compartilhou um relatório do Banco Central que mostrou que apenas quatro das 38 instituições financeiras que oferecem crédito consignado do INSS cobravam taxas abaixo de 1,7% ao mês na semana de 27 de fevereiro a 3 de março. Ele defendeu a utilização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para garantir as linhas de crédito para os aposentados e pensionistas que precisarem com as novas taxas em vigência.
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