Poupança tem retirada recorde em fevereiro 2023

No último mês de fevereiro, o volume de saques na poupança atingiu R$ 11,5 bilhões, o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior. Vale lembrar que em janeiro deste ano, o recorde de retiradas foi ainda maior, chegando a R$ 33,7 bilhões.

Poupança tem retirada recorde em fevereiro 2023

No mês de fevereiro, os saques líquidos na caderneta de poupança atingiram o montante de 11,515 bilhões de reais, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira. Essa marca representa o maior volume de retiradas líquidas para o mês de fevereiro desde o início da série histórica da autoridade monetária, em 1995.

Do total registrado no período, os saques superaram os depósitos no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) em 8,577 bilhões de reais. Na poupança rural, por sua vez, as saídas líquidas atingiram 2,938 bilhões de reais.

O aumento das retiradas da poupança ocorre em um contexto de juros elevados, o que tem reduzido a atratividade deste tipo de investimento em relação a outras opções disponíveis no mercado.

Até dezembro de 2022, a poupança rendia 7% da Taxa Selic (juros básicos da economia). Com o aumento da Selic acima de 8,5% ao ano, a aplicação passou a render mais 6,17% ao ano. Já em 2023, com a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, a poupança tem um desempenho superior à inflação, o que a torna uma opção atrativa para os investidores.

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Histórico:

O aumento dos juros básicos da economia tem reduzido a competitividade da poupança em relação a outras opções de investimento, o que tem impactado diretamente no volume de retiradas da aplicação.

Em 2022, a caderneta de poupança registrou um saldo negativo de R$ 103,23 bilhões, o pior resultado da série histórica da aplicação, devido à alta da taxa Selic e ao consequente aumento da atratividade de outros investimentos. Esse desempenho negativo foi ainda pior do que a perda de R$ 53,6 bilhões registrada em 2015, a maior até então.

Atualmente, com a taxa Selic em 13,75% ao ano, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que atualmente é de 0,0828% ao mês (1,00% ao ano), mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17%). Quando a Selic está abaixo de 8,5%, a atualização é feita com TR mais 70% da taxa básica de juros.

Fonte: https://www.bcb.gov.br/

Imagem: Yandex